O antigo treinador do FC Porto diz ser importante para os dragões vencer o Lokomotiv na Liga dos Campeões para garantir estabilidade. Benfica e Sporting passam por turbulência, e o Braga mostra competência, para o treinador português.
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A preparar o regresso ao futebol no próximo ano, André Villas Boas tem acompanhado o arranque do campeonato português, e explica que o surpreendeu a quantidade de pontos perdidos por FC Porto, Benfica e Sporting. Com ênfase para os rivais de Lisboa.
"O que é de surpreender este ano é a forma como arrancaram os três grandes, com vários desaires, mas também o percurso de Braga consistente e bem treinado", explicou o treinador, presente no Web Summit, em Lisboa.
"O Benfica está a passar uma fase difícil. Se Rui Vitória merece passar por uma fase como esta? Penso que não", recordando as dificuldades recentes do Benfica no campeonato, mas também nas provas europeias.
Do outro lado da segunda circular, os problemas dentro de campo já ditaram um despedimento. Sobre a saída de José Peseiro do Sporting, Villas Boas considera a decisão da direção dos leões "abrupta e injusta". Não entende o momento escolhido para mudar a liderança da equipa de futebol "Como treinadores pensamos sempre o que estará na cabeça das pessoas para tomar uma decisão destas, num momento como este".
Com o FC Porto na liderança do campeonato, Villas Boas considera que o jogo frente ao Lokomotiv de Moscovo pode ser importante para a estabilidade da equipa, mas também do clube, garantindo o acesso à segunda fase da Liga dos Campeões.
André Vilas Boas destaca a qualidade do Lokomotiv, campeão russo recorda, "competente e bem treinada" que conhece bem de quando treinou na Rússia.
O técnico português garante ainda que está a preparar o futuro e diz querer regressar ao trabalho em 2019. "Parei para reformatar a carreira. Gosto de dizer que sou como uma hippie no futebol, sempre a falar em projetos alternativos", Mas o regresso aos bancos em Portugal está fora dos planos.
André Villas Boas diz estar disponível para projectos na Europa, mas também num regresso à Ásia - o último clube foi o Shanghai SIPG, da China- , até porque foi ali, na Ásia, que encontrou
"o prazer de ensinar futebol" a jogadores menos cotados,
André Villas Boas adianta ainda que está a estudar alemão, uma língua que quer dominar abrindo a porta ao mercado do futebol germânico que diz "lhe agrada em particular".