Presidente do Sporting garante que pedidos de rescisão não têm fundamento de "justa causa".
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"Mais um dia difícil para a família sportinguista. O Sporting está a viver uma altura em que há um ataque concertado grande", começou por dizer o presidente do clube leonino numa conferência de imprensa marcada para Alvalade.
"Confirmo que não são três mas quatro as cartas de rescisão que chegaram", garantiu o presidente leonino, referindo-se a Bas Dost, William Carvalho, Gelson Martins e Bruno Fernandes.
Segundo o líder do clube, os pedidos de rescisão "não têm qualquer fundamento ao nível de justa causa". "Tenho de dizer que o que está nestas rescisões não tem qualquer fundamento a nível de justa causa. Nós não somos maluquinhos, sabemos o que estamos a dizer. Se pudéssemos, por um acontecimento como o que aconteceu em Alcochete, rescindir, nenhum clube do mundo iria pagar a nenhum clube do mundo alguma transferência. Porque facilmente se leva quatro ou cinco pessoas à porta de casa ou de uma Academia e alega-se não se ter condições de segurança", esclareceu.
Sobre as rescisões, Bruno de Carvalho pediu que os atletas confirmem as informações de que voltam atrás com palavra se a direção se demitir. "Basta haver essa carta dos seis e nós na mesma hora demitimo-nos. Se o problema é este Conselho Diretivo, basta os atletas escreverem uma carta ao Sporting e à SAD que dizem, se esta direção se demitir, voltam atrás e jogam no Sporting, e, se nos candidatarmos e ganharmos, continuam estas premissas", esclareceu.
No mesmo sentido, Bruno de Carvalho assegurou que "não houve ofertas por Podence, Gelson, William ou Bruno Fernandes". "E, que eu saiba, houve apenas umas trocas de e-mails relacionados com Rui Patrício", assegurou.
Durante a conferência de imprensa, o presidente leonino questionou-se sobre o que iria mudar no caso de demissão da atual direção. "Vamos imaginar que tomávamos como opção sair. Nós íamos embora e o futebol mudava de paradigma no mundo inteiro, porque se isto são causas para uma rescisão por justa causa... Íamos embora e fosse quem fosse o presidente, que tipo de liderança teria no Sporting, ia gerir sob medo, sob pressão? Não. E sempre que um jogador quisesse ir embora, isto ia acontecer. A coisa mais fácil que podíamos fazer era ir embora, e o Sporting perdia o respeito dos últimos cinco anos. Quem ficava a mandar no clube não eram os associados, mas agentes e investidores", garantiu.