Como treinam e o que fazem os atletas de alta competição durante este período de isolamento social. Diariamente, na TSF, a situação no país e no desporto, do ponto de vista de um atleta, treinador, dirigente ou árbitro.
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Na Ucrânia, a cumprir a primeira época no comando técnico do Shakhtar Donetsk, Luís Castro não imaginava que "teria de ficar retido no país e, sobretudo, em isolamento social". Em entrevista à TSF, o treinador português conta como está a viver estes dias, relata a situação ucraniana e do clube que orienta e, sem papas na língua, considera que "não faz sentido" começar outro campeonato sem terminar o atual.
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"Este modelo de negócio só é viável jogando. Há muita gente que depende do jogo. Por isso, não faz sentido nenhum nós começarmos uma época sem acabarmos esta. Acabe ela quando acabar. Porque é que há de começar uma sem acabar outra?", começa por questionar o treinador português em entrevista à TSF.
"Um campeão é resultado de um número de jornadas estipuladas de início. Que a próxima época seja mais apertada, que se abdique das Taças do país, que as competições europeias sejam a uma só mão, que seja. Agora, uma coisa é certa, a próxima época não pode ser iniciada sem acabar esta", defende Luís Castro que lidera o campeonato ucraniano com mais 10 pontos que o segundo classificado Dynamo Kyiv.
Nesta entrevista à TSF, o antigo treinador do FC Porto e do Vitória de Guimarães confessa que "não tem sido fácil ocupar os dias", mas sente-se um privilegiado por estar em casa e não numa cama de hospital com falta de saúde: "esses é que têm motivos para estarem frustrados e fartos da situação".