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A derrota do Viborg com o Midtjylland aconteceu apenas há três dias, mas ainda está fresca na memória de Paulinho. "Ahhhhfff. Acho que se jogássemos contra eles novamente não se ia repetir esse resultado", resume o avançado ao telefone com a TSF.
Paulinho chegou à Dinamarca em janeiro para atuar no clube que está no 2.º lugar da liga local. O primeiro jogo oficial, após a pausa de inverno na Dinamarca, foi com o Midtjylland, adversário do Sporting no play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa.
A receita que o Midtjylland (4.º) utilizou para jogar com o Viborg (2.º) pode repetir-se no jogo da segunda mão da eliminatória, avisa Paulinho. "Deixaram-nos ter a iniciativa do jogo, e os golos que nos fizeram foram todos em transições", resume. Isaksen marcou por três vezes.
"É uma equipa que defende bem, junta o bloco muito bem, é intensa nos duelos. O futebol dinamarquês tem muito choque, não se marcam faltas mínimas como em Portugal, deixa-se seguir o jogo. O Midtjylland tem jogadores muito rápidos na frente que estão sempre à espera de uma transição ofensiva."
Dos primeiros dias na Dinamarca, Paulinho destaca a emoção dos adeptos nas bancadas. Algo que talvez não esperasse no futebol nórdico.
Fica o aviso ao Sporting. "O Midtjylland uma das grandes equipas aqui da Dinamarca (...) acredito que aqui o jogo ainda vai ser mais complicado do que em Alvalade. Fiquei extremamente surpreendido com os nossos adeptos. Num estádio para dez mil, estavam os oito mil adeptos. E os adeptos são mesmo fervorosos, com muitas coreografias, e mesmo a perder, 2-0, 3-0, 4-0. Sempre a apoiar, desde o primeiro ao último minuto", explica.
Primeira impressão positiva
Paulo Rafael Pereira Araújo tem 23 anos e é conhecido no futebol como Paulinho. Natural de Braga, o avançado português chega à Dinamarca com um registo impressionante: nas primeiras quatro temporadas como sénior, desde os distritais de Braga até à 2.ª liga, apontou sempre mais de dez golos. Do S. Paio D"Arcos ao Fafe, com uma passagem pelo Estrela da Amadora. Esta temporada já levava nove golos em 12 jogos na 2.ª liga, mas decidiu mudar-se para a Dinamarca em janeiro.
"Não estava à espera de tanta qualidade, falo dos meus colegas de equipa também. Há grande intensidade no jogo é muito grande, está acima do que estamos habituados em Portugal, eu pelo menos senti essa diferença. E também nos treinos", aponta.
"Ainda não posso falar muito do país, só posso dizer que é muito frio. Acho que a adaptação de um jogador aqui também passa por isso. As condições de trabalho são muito boas. É uma cultura um pouco diferente da que temos em Portugal."
Paulinho fica a torcer pelo Estrela. "O Estrela da Amadora é um clube que me diz muito. Foi apenas um ano e meio, mas um período que me diz muito. Sentia que tinha uma boa ligação com os adeptos, e estávamos a lutar pela subida de divisão, algo que acredito que ainda possa vir a acontecer."
"No Viborg estamos a lutar por um título, no 2º lugar, e acreditamos que podemos vir a jogar competições europeias na próxima temporada", explica sobre o Viborg. "Porque não ser campeões? É bom para um jogador ter esta ambição, querer lutar por algo maior dentro da temporada."