Medo afetou bolsas norte-americanas na sexta-feira, asiáticas esta madrugada e agora todas as bolsas europeias.
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As bolsas e os preços das matérias-primas nos mercados internacionais estão esta segunda-feira claramente em queda.
Após um verão calmo, ao início da manhã as bolsas europeias estão todas com quedas a rondar os 2%, depois de na sexta-feira as bolsas asiáticas e americanas também terem fechado no vermelho.
Lisboa não foge a esta regra com uma descida de 1,9% às 10h30 e apenas uma empresa do PSI 20 a não ter a cotação a cair. Uma tendência mundial que os analistas ligam a um receio relacionado com a política monetária.
Os investidores temem que os bancos centrais parem com os estímulos à economia, nomeadamente o dinheiro barato via juros baixos.
Um medo que surge depois de na última quinta-feira o Banco Central Europeu ter deixado inalterada a taxa de juro diretora que regula o preço do dinheiro emprestado na zona Euro e que desde março está nuns inéditos 0%.
Depois disso, na sexta-feira, o presidente do Banco da Reserva Federal de Boston alertou que os juros baixos que também existem nos Estados Unidos da América podem estar a sobreaquecer a economia. Palavras que levam os investidores a suspeitarem que irão ser travados os muitos estímulos que têm sustentado as economias de vários países desenvolvidos nos últimos anos, nomeadamente alguns europeus.
Já na sexta-feira a bolsa de Nova Iorque tinha fechado a cair 2% e hoje essa tendência estendeu-se às bolsas da Ásia e da Europa.
A Bloomberg fala nas maiores quedas desde o referendo que a 23 de junho ditou a saída do Reino Unido da União Europeia.
Além das bolsas, também os preços das matérias-primas estão em queda nos mercados internacionais com o petróleo, por exemplo, a descer 1,7% em Nova Iorque.