Em causa neste protesto esteve a alegada perda de poupanças. A iniciativa ocorreu junto à sede da presidência do Governo dos Açores, em Ponta Delgada, onde o chefe do executivo açoriano recebeu o seu homólogo da Madeira.
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Com cartazes nos quais se lê "fomos enganados, queremos o nosso dinheiro" e "neste país já não há confiança", os clientes, cerca de 50, reclamam explicações sobre o destino das poupanças e pedem a intervenção do poder político.
Ao chegar à sede da presidência do executivo, perto das 19:00 locais (20:00 em Lisboa) o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, saiu do carro e dirigiu-se aos participantes no protesto, sugerindo a indicação de algumas pessoas "para transmitir as preocupações de todos" numa reunião que vai ser agendada na próxima semana.
Uma das pessoas perguntou ao chefe do executivo se prometia ajudar os lesados, ao que Vasco Cordeiro respondeu: "A pior coisa que se pode fazer nestas circunstâncias é brincar com as expectativas das pessoas e eu não quero fazer isso".
A 20 de dezembro, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos - incluindo 'tóxicos' - para a nova sociedade veículo Oitante.
A resolução foi acompanhada de um apoio público de 2.255 milhões de euros, a que se somam duas garantias bancárias do Estado no total de 746 milhões de euros.
O Banif (em processo de reestruturação desde 2012) era o sétimo maior grupo bancário português e líder de mercado nos Açores e na Madeira.