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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários está preocupada com o regresso de um número significativo de emigrantes que estão em países, que enfrentam uma crise. Num relatório, a CMVM alerta para o retorno de portugueses que estão destacados em países como Angola ou Brasil.
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Para a CMVM, a economia portuguesa não está preparada para acolher esta mão de obra. O relatório não adianta números nem valores, mas não duvida que o regresso dos emigrantes somado ao lento crescimento no mercado de trabalho vão ter um forte impacto quer a nível social quer ao nível de uma economia portuguesa já de si frágil.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários destaca Angola e Brasil como os casos mais preocupantes. Em, 2014, Angola foi o quarto destino das exportações portuguesas, o Brasil décimo primeiro. Os números demonstram a aposta das empresas portuguesas nestes mercados, de forma a escaparem à crise interna.
O mesmo aconteceu com quem procurava trabalho e não arranjava, em Portugal. Por isso, frisa o relatório, foram muitos os que viram nestas paragens uma oportunidade para arranjar emprego. Acontece que agora são os países que os acolheram que enfrentam uma situação menos favorável e isso pode provocar o regresso de emigrantes que, diz a CMVM, já têm idade avançada.
No caso de Angola, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sublinha a acentuada do preço do petróleo, a dificuldade de repatriar capital e a desvalorização do Kuanza.
Como se nãs bastasse, neste relatório, a entidade liderada por Carlos Tavares, refere que a aposta nouros mercados, como a Rússia, a China e os Estados Unidos, não foi suficiente para compensar a quebra registada nos países onde a aposta foi maior.