A reprogramação do Portugal 2020, que está à espera de luz verde de Bruxelas, aponta para um investimento em infraestruturas na Linha de Cascais na ordem dos 50 milhões de euros.
Corpo do artigo
Esta quarta-feira, perante os deputados da Comissão Parlamentar de Economia, o ministro Pedro Marques foi questionado sobre o envelhecimento na linha ferroviária que liga Cascais a Lisboa.
O governante explicou de que modo vão ser aplicados os 50 milhões de euros investidos e esclarece uma dúvida do Bloco de Esquerda sobre a possibilidade de privatização de uma linha onde circulam 20% dos passageiros da CP.
"Não estamos a inscrever investimento na Linha de Cascais para prepararmos a sua privatização", garante Pedro Marques.
De acordo com o ministro, "agora passa a haver financiamento para fazermos investimentos na infraestrutura, nomeadamente para reforço da segurança, para renovação de todo o sistema de eletrificação da Linha de Cascais e para preparação da mudança de tensão" dos atuais 1500 volts em corrente contínua para os 25.000 volts em corrente alternada".
TSF\audio\2018\09\noticias\12\pm2
Assim, os 50 milhões de euros para a linha de Cascais destinam-se exclusivamente ao investimento em infraestruturas numa linha ferroviária que é usada todos os dias por 90 mil de passageiros e que deveria ter, em hora de ponta, comboios de 12 em 12 minutos.
Os horários de inverno foram repostos em setembro mas têm havido cortes. De acordo com a Infraestruturas de Portugal, oito comboios foram suprimidos em hora de ponta nos dois primeiros dias dos horários de inverno.
Esta é uma situação que o ministro desvaloriza. "Não há nenhum caos nos últimos dois dias na Linha de Cascais, fizeram-se 98% dos comboios previstos" e "os 2% dos comboios que não foram feitos deveu-se a vandalismo sobre o material circulante", explica Pedro Marques citando a CP.
A linha de Cascais funciona com material circulante com mais de meio século.