Chama-se "Crime Hotel Lisboa" e é um videojogo feito em Portugal, por portugueses. É apenas um exemplo porque o número não pára de aumentar. A era do digital torna tudo mais fácil: da elaboração à distribuição. Estúdios, fãs e curiosos vão juntar-se a partir desta quinta-feira na "Lisbon Games Week".
Corpo do artigo
Mais do que a música, ou do que o cinema, os videojogos são, no entretenimento, a indústria mais lucrativa. Há quem prefira uma consola doméstica ou portátil, e há quem opte pelo computador. Seja qual for a forma, um estudo europeu revela que cerca de 40 por cento da população portuguesa joga. E um em quatro adultos joga pelo menos uma vez por semana.
Estamos a viver o terceiro boom de desenvolvimento de jogos em Portugal; o primeiro foi nos anos 80, o segundo no início do milénio. Com o digital, a distribuição torna-se muito mais fácil e é indiferente o ponto do mundo onde o jogo é feito, desde que seja bom.
Ivan Barroso, professor de videojogos, não tem dúvidas em afirmar que o fenómeno está a crescer a olhos vistos em Portugal e até a procura pelos cursos (de norte a sul do país) tem aumentado.
Filipe Duarte Pina, na indústria há 16 anos, já produziu duas dezenas de videojogos. Na sede da empresa que tem desde 2013 com mais quatro colegas, a Nerd Monkeys, tem expostos na parede vários cartazes do "Crime no Hotel Lisboa", um mistério policial (quase absurdo) sobre "um homem que se suicidou com 14 facadas nas costas". O videojogo é português mas já foi traduzido para inglês.
O Lisboa Games Week vai durar quatro dias, decorre na FIL e são esperados 50 mil visitantes. Pode encontrar mais informação em http://lisboagamesweek.fil.pt/ .