De acordo com o boletim mensal do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), hoje publicado, o Estado perdeu 322 milhões de euros, que foram amortizados de certificados de aforro.
Já o valor das emissões da mesma aplicação foi apenas de 30 milhões de euros.
Valores que, considera António Ribeiro, técnico da Proteste Investe, demonstram que os portugueses acreditam menos nos produtos do Estado.
O analista de Produtos de Poupança diz ainda que 2011 é o pior ano para a balança dos certificados de aforro.
«Este ano será o ano mais infeliz para esta aplicação porque desde 2008 que os resgates são sempre superiores às novas subscrições. No entanto, 2011 é um ano particularmente superior porque de facto os resgates subiram muito, significa por um lado que as pessoas estão muito descontentes com o rendimento e por outro é a descredibilização nos produtos do Estado», explicou.
Quanto ao destino dado aos levantamentos dos certificados de aforro feito pelos portugueses, António Ribeiro diz que os certificados do tesouro e os depósitos a prazo estão no topo das prioridades.
Mas o técnico da Proteste Investe não descarta que o regaste tenha também a ver com as dificuldades impostas pela crise.
O saldo dos certificados do tesouro manteve-se inalterado em Outubro, com as emissões e as amortizações a registarem o mesmo valor de 31 milhões de euros.