A Autoridade da Concorrência revela que a carga fiscal no preço dos combustíveis tem vindo a aumentar nos últimos 14 anos.
Corpo do artigo
O relatório pedido pelo Governo revela que os custos de política fiscal têm o maior peso nos preços de venda ao público dos combustíveis rodoviários. A Autoridade da Concorrência analisou os preços nos últimos 14 anos. Conclui que a carga fiscal no preço do gasóleo aumentou 56% e no caso da gasolina 26% desde 2004.
De acordo com a análise à formação de preços dos combustíveis, a que a agência Lusa teve acesso, as taxas e impostos representam 63% do preço de venda ao público da gasolina e 56% do preço do gasóleo.
A Autoridade da Concorrência revela ainda que o preço médio dos combustíveis à saída da refinaria representa cerca de um quarto do preço final - 26% na gasolina e 32% no gasóleo.
Este relatório salienta ainda que, "a competitividade dos preços em Portugal desce significativamente, sobretudo face a Espanha, na medida em que a carga fiscal e as metas de incorporação de biocombustível são mais pesadas".
Esta análise da Autoridade da Concorrência à formação de preços de venda ao público foi feita em resposta a uma solicitação do secretário de Estado da Energia.