À entrada do edifício da bolsa de Madrid há direito a tapete vermelho, com vários funcionários da empresa carregados de pizzas prontas a distribuir. Nove anos depois, a Telepizza está de regresso.
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A Telepizza voltou esta quarta-feira à bolsa espanhola, um marco que está a ser celebrado pela empresa com pompa e circunstância. Dentro do palácio, muitos dos presentes adiantaram a hora de almoço, não havendo uma mesa sem uma fatia de pizza. Era suposto ser um dia para celebrar.
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E não era caso para menos. Ontem, segundo as informações divulgadas, a Telepizza conseguiu arrecadar 550 milhões de euros das mãos dos investidores, naquilo que foi a segunda maior oferta pública inicial (IPO na sigla inglesa) da Europa do ano e a maior em Espanha.
"A procura foi 2,5 vezes superior à oferta, com 106 grandes investidores. 50% norte-americanos, 37% britânicos e 13% do resto do mundo", explicou Pablo Juantegui, presidente da Telepizza.
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Mesmo com todo este aparato e interesse, a Telepizza não conseguiu evitar o que está a ser, até agora, uma estreia dececionante. O preço fixado por ação no regresso da Telepizza à bolsa foi de 7,75 euros, o que avalia a empresa em cerca de 850 milhões de euros. Menos de três horas após o regresso, a empresa já vale quase menos 100 milhões de euros.
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As cerca de 70 a 77% das ações da empresa que foram colocadas em bolsa estão agora a cair 11,32% para 6,87 euros por título. E a queda já chegou a ser quase de 13%.
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Com este regresso à bolsa, a Telepizza não será controlada por nenhum dos seus acionistas atuais. A Permira e a família Ballvé, que detinham 51% da empresa, vão agora controlar apenas 11,22% da Telepizza, uma percentagem que poderá ainda descer para 8,42%, se forem colocadas mais ações no mercado (greenshoe).