Na cerimónia de assinatura do acordo de concertação social, Pedro Passos Coelho disse que este era um «dia histórico» e saudou o papel de Cavaco Silva neste processo.
Corpo do artigo
O primeiro-ministro considerou que a assinatura do acordo de concertação social feito esta quarta-feira «será visto no futuro como marco decisivo na história de um país».
Na cerimónia de assinatura deste acordo feito entre o Governo e os parceiros sociais, exceptuando a CGTP-IN, Pedro Passos Coelho disse mesmo que este é um «dia histórico» com ganhos de credibilidade tanto interna como externamente.
Passos Coelho frisou ainda que o país soube unir-se à volta deste acordo e ultrapassar as dificuldades, voltando a erguer-se, e saudou a importância do Presidente da República em todo este processo.
«Quero também saudar por esta via o senhor Presidente da República que, apesar da descrição da sua acção, teve uma intervenção que é importante para o acordo que alcançámos», realçou.
O chefe do Governo dirigiu ainda uma mensagem a «quem nos disse que estávamos a perder tempo com tantas reuniões e negociações» para sublinhar que «não houve tempo perdido».
«Houve, isso sim, tempo investido e bem investido. Todo este tempo foi tempo ganho», explicou o chefe do Governo, que entende que este «acordo não ficou preso à letra do memorando de entendimento que tão importante era que fosse observado».
Passos Coelho considerou mesmo que foi possível ser «mais ambicioso, mais inovador e mais audaz em relação ao que constava dos nossos compromissos internacionais».
Desde 1990, contam-se seis acordos deste nível entre os parceiros sociais, mas em sede de concertação já se produziram 21 documentos que geraram entendimento.
Por exemplo, em 1990, a preocupação era a consolidação orçamental e a condução das restantes politicas macroeconómicas e estruturais, algo idêntico ao que se passou no acordo assinado esta quarta-feira.
Contudo, no início, os acordos eram obtidos em períodos mais espaçados, sendo que nos últimos quatro anos tem existindo um entendimento quase todos os anos.