Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Cube de Portugal considera «um absurdo» o aumento do Imposto Único de Circulação para os carros a gasóleo.
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«É um absurdo completo do Governo porque é um tiro no pé que o Governo está a dar. No fundo quer o crescimento da economia e prejudica o crescimento da economia. O Governo sabe perfeitamente, e o ministro da Economia que tem uma empresa privada sabe perfeitamente, o peso que têm os combustíveis no orçamento de uma empresa, no preço final de um produto», acusa Carlos Barbosa.
Em declarações à TSF, o presidente do Automóvel Cube de Portugal (ACP) considera ainda que o Governo vai «perder mais impostos porque as pessoas vão deixar de andar».
Carlos Barbosa desvaloriza ainda «o pretexto do ambiente», que classifica de «falacioso», explicando que «todos os carros que circulam em Portugal, ou a maioria, estão dentro das normas europeias de poluição».
Esta medida representa «apenas 43 milhões», sublinha. Dinheiro que Carlos Barbosa entende que o Governo «pode ir buscá-los facilmente a qualquer lado, só à Galp foi buscar 33 milhões, por isso tem capacidade para ir buscar esses 43 milhões a qualquer lado».
O presidente do ACP sugere ainda ao Governo «ir ao despesismo do Estado, não em salários, não em pensões, mas no despesismo do funcionamento do Estado. Por exemplo, o Estado tem 28 mil viaturas, podiam acabar com essas 28 mil viaturas. Como é que o estado vai suportar um aumento do gasóleo nessas 28 mil viaturas?».
«O subsídio aos partidos por voto também podia diminuir», acrescenta.
Carlos Barbosa espera agora que o Governo tenha o bom senso de deixar cair a medida quando for feita a discussão do Orçamento do Estado na especialidade.