A administração da Lusa informou os trabalhadores da necessidade de fazer «reduções drásticas da massa salarial». No mesmo dia 18 funcionários aceitaram a proposta de rescisão amigável.
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O aviso surge no mesmo dia em que 18 trabalhadores aceitaram as propostas de rescisão feitas pela empresa.
São 14 jornalistas e quatro administrativos. Entre os jornalistas que saem da agência de notícias, apenas cinco são da redação de Lisboa. Os outros são o correspondente em Berlim, três da extinta delegação de Coimbra, um do Algarve, um de Viseu, um do Porto, e dois dos Açores.
Na carta enviada aos trabalhadores, o presidente do conselho de administração da Lusa assume que a saída destas 18 pessoas não chega para enfrentar os cortes previstos. Afonso Camões justifica que, perante a intenção do Estado de reduzir em mais de 30% o contrato com a agência e face à previsão de prejuízos crescentes, vai ser preciso um «esforço de ajustamento rápido».
Diz o responsável da Lusa que esse ajustamento só vai ser possível à custa de uma redução drástica da massa salarial e de todas, mas mesmo todas, as despesas correntes.
As rescisões agora concretizadas custam à agência de notícias perto mais de um milhão de euros e permitem uma poupança de quase 700 mil euros em 2013.
Depois da carta enviada, a administração da Lusa reuniu-se com a comissão de trabalhadores. Desse encontro saiu um comunicado em que os representantes dos funcionários da agência se limitam a dar conta do conteúdo da carta e a dizer que questionado sobre o passo seguinte para enfrentar os cortes, Afonso Camões disse não ter ainda reunidos todos os dados.
Acrescenta a comissão que o presidente da Lusa comprometeu-se a apresentá-los o mais breve possível.