O presidente da Associação de Empresas de Construção Civil e Obras Públicas (AECOPS) acredita que a empresa Tecnovia optou pelo lay-off de 500 trabalhadores como último recurso.
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O presidente AECOPS, Ricardo Pedrosa Gomes, lembrou à TSF que sem crédito e sem encomendas não há milagres que possam salvar as empresas e destacou o esforço heroico que algumas tem feito, como é o caso da Tecnovia que se prepara para colocar em lay-off mais de metade dos trabalhadores.
Ricardo Pedrosa Gomes acredita que a Tecnovia, ao recorrer ao lay-off não tinha mesmo outra alternativa, até porque esta é uma empresa sólida que tem mantido os operários a trabalhar apesar das grandes dificuldades.
«A Tecnovia é uma das mais antigas, das mais integradas, é aquele tipo de empresa em que a maior parte dos meios de produção são próprios, não recorre a sub-contratações porque é uma empresa essencialmente de obra pública. Portanto os meios são dela, os trabalhadores são dela, nesse sentido é também uma das maiores e para tomar uma atitude destas é porque já não tinha mais nenhuma solução», referiu.
O presidente da Associação de Empresas de Construção Civil e Obras Públicas lembrou também o Estado continua sem pagar o que deve e assim é muito difícil sobreviver.
«Basta olhar para os resultados da empresa nos últimos e ver-se-à que, apesar de todas as dificuldades do mercado, tem conseguido trabalhar. Agora neste momento, sem carteira de encomendas, sem nenhum tipo de investimento ou de oportunidade, a restrição por parte da Banca no acesso ao crédito, não há milagres», afirmou.
«Não há mercado, não há trabalho, não se pagam as dívidas, continuamos sem receber do Estado o que é devido, também não se resolve aquilo que poderiam ser algumas oportunidades de trabalho e [assim] é impossível», concluiu Ricardo Pedrosa Gomes.