O fim do embargo ao Irão abre janelas de oportunidades para empresas portuguesas, defende a AEP, a Associação Empresarial de Portugal que mantém relações comerciais com o país há seis anos.
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O Irão é a segunda maior economia da região do Médio Oriente, logo a seguir à Arábia Saudita. Tem mais de 78 milhões de habitantes e uma economia muito centrada no petróleo e, apesar dos baixos preços dos combustíveis nos mercados internacionais, prevê um aumento da produção de crude, o que pode representar já neste ano de 2016 um crescimento do PIB entre os 5 a 6 por cento. E este mercado tem sido uma das apostas da AEP.
A AEP já realizou cinco missões no Irão desde 2009, que ajudar a apresentar oportunidades a vários níveis às empresas portuguesas com o fim definitivo do embargo à republica islâmica. Paulo Nunes de Almeida, presidente da AEP, acredita que as 89 empresas que já exportam para o Irão podem agora ser bem mais.
Só no ano passado, de janeiro a setembro, as vendas de produtos portugueses para o Irão aumentaram 229,7 por cento face ao período homólogo, segundo dados da AICEP, que situa o respetivo valor nos 16 milhões de euros, ou seja, bastante superior ao montante anual de 2014, na ordem dos sete milhões de euros.
Em fevereiro, a AEP volta a território iraniano para levar empresas que não conseguiram embarcar na última visita feita em novembro, e na primavera um outro grupo ligado à construção vai participar na Feira deste sector, em Teerão.