O nome de Humberto Delgado está a partir de hoje impresso em gigantes letras negras na parede de pedra branca da entrada do aeroporto de Lisboa.
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A cerimónia de batismo foi encabeçada pelo Presidente da República, para Marcelo Rebelo de Sousa o nome de Humberto Delgado é consensual na sociedade portuguesa.
E, "é simbólico que seja um governo de esquerda (porventura o mais à esquerda no seus apoios, dos últimos longos anos) a decidir e um Presidente de centro direita a dar a chancela a uma homenagem que assim retrata, em consenso nacional, uma vida e uma obra", sublinha Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de estado disse ainda que Humberto Delgado foi uma personalidade da história antifascista reconhecida por todos os setores, incluindo "quadrantes tão diversos" que chegavam à "esquerda revolucionária".
Para o presidente da Republica, Humberto Delgado foi "um homem livre que voou mais alto do que os aviões que pilotou". No mesmo sentido o primeiro-ministro António Costa destaca o carisma e a capacidade mobilizadora do general sem medo que "foi um Ícaro português no século XX".
Já o presidente da Vinci Airports, que controla a ANA, Nicolas Notebaert, sublinhou que o aeroporto de Lisboa recebeu, no ano passado, 20 milhões de passageiros. Por isso o gestor aproveitou a presença dos governantes para fazer um pedido para que sejam encontradas "em conjunto soluções para garantir a continuidade deste crescimento, sem limitações ou restrições".
A Vinci a reafirmar a necessidade de um alargamento ou expansão do aeroporto de Lisboa no dia de tributo ao nome de Humberto Delgado, pioneiro na aviação civil em Portugal e referência da luta pela democracia e que por isso foi assassinado pela policia do Estado Novo.