O presidente da assembleia-geral da EDAB revelou que o passivo da instituição já ultrapassa um milhão de euros e acusou o Estado de «empatar» a extinção da empresa.
Corpo do artigo
A missão está cumprida, mas a atividade mantém-se. O processo de extinção da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB) arrasta-se desde o final do ano passado.
O presidente da assembleia-geral, e autarca de Beja, lamenta a indecisão do Governo neste processo.
Jorge Pulido Valente diz que o passivo da empresa já é superior a um milhão de euros.
A EDAB foi criada com o objetivo de construir e dinamizar o novo aeroporto. No ano passado, o Governo decretou o seu fim até dezembro do ano passado.
Desde então, já se realizaram 3 assembleias-gerais. A última foi na sexta-feira. O representante do Estado - que detém mais de 80 por cento da empresa - adiou o processo.
Oficialmente não houve justificação, mas Jorge Pulido Valente diz que, de forma oficiosa, soube mais pormenores: «Aquilo que eu sei oficiosamente e não oficialmente é que, depois de o processo estar concluído e o ministro das Finanças ter validado a proposta de extinção, o ministro da Economia resolveu interpor.»
A próxima assembleia-geral está marcada para 4 de setembro. Jorge Pulido Valente pede ao Estado que envie alguém com poder de decisão para, de uma vez por todas, encerrar este processo.
Para além do Estado, são acionistas da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, Associação de Municípios do Alentejo e o Núcleo Empresarial da Região de Beja.
Contactado pela TSF, o Ministério da Economia não comenta este assunto; porém, fonte próxima do processo esclarece que a solução para a empresa deverá ser encontrada, o mais tardar, até setembro.
A decisão, explica a referida fonte, não pode ser precipitada de forma a não prejudicar a privatização da ANA, empresa com a qual a EDAB tem um contrato de prestação de serviços.