O presidente da Câmara de Águeda, Gil Nadais, anunciou hoje que vai propor a venda de terrenos a um euro, para a fixação de três empresas que deverão criar mais de 200 postos de trabalho.
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O maior investimento que a Câmara de Águeda quer captar, e Gil Nadais considera estar bem colocada para o conseguir, é o do grupo indiano SAHKTI, que pretende criar uma nova unidade de fundição de ferro para o sector automóvel, destinada a produzir peças para motores e travões, entre outros componentes dos sistemas críticos dos automóveis.
Trata-se de um investimento inicial previsto de 25 milhões de euros, que numa segunda fase poderá chegar aos 40 milhões de euros, e que dará lugar à criação de 120 postos de trabalhos diretos, com a perspetiva de poder chegar aos 1.500 em 18 anos.
A multinacional pretende uma área entre os 150 mil e os 200 mil metros quadrados para se instalar e, apesar da Câmara de Águeda não ter terrenos disponíveis no Parque Empresarial do Casarão, possui uma área que lhe é contígua, com cerca de 150 mil metros quadrados.
Outra condição colocada é o abastecimento de energia, estimando-se que o projeto venha a consumir, logo na sua primeira fase, cerca de 40 mil gigawatts, podendo chegar aos 90 mil gigawatts/ano na 2.ª fase, algo que todo o consumo do concelho de Águeda junto não atinge.
Mesmo assim, o autarca está disposto a não deixar fugir o investimento: «Estamos na luta por este investimento e pensamos que estamos muito bem colocados para o trazer e faremos tudo para que venha para Águeda. Para ter este consumo de energia precisamos de dotar o parque empresarial de condições e estamos a tentar fazê-lo».
Gil Nadais adiantou aos jornalistas, em conferência de imprensa, que outro investimento de alguma dimensão diz respeito a uma nova empresa da área das do ciclismo, a criar por três firmas ligadas ao setor (Miranda & Irmão, Ciclofapril e Rodi), para produzir quadros de bicicleta em alumínio.
O projeto é pioneiro na produção automatizada de quadros em alumínio, com recurso a robôs, sendo que os que existem atualmente no mercado são produzidos manualmente na República Popular da China.
Deverá produzir 500 mil quadros de bicicleta por ano, na primeira fase, sendo toda a produção destinada à exportação.
O projeto representa um investimento de 12 milhões de euros e a criação de 83 postos de trabalho, ocupando a nova unidade uma área de 63 mil metros quadrados, no Parque Empresarial do Casarão.
«Esta empresa é importante para nós porque vêm cimentar ainda mais o "cluster" das duas rodas em Águeda», salientou Gil Nadais.
O terceiro investimento hoje anunciado, de um volume bastante menor, trata-se da mudança de instalações e expansão de uma empresa de Águeda, igualmente saudado pelo autarca.
«Quando iniciamos a compra de terrenos e a construção do parque empresarial estávamos certos; cumprimos uma promessa eleitoral para Águeda deixar de exportar empresários e ser um concelho onde os empresários podem expandir a sua atividade, bem como atrair outros investimentos», concluiu.