O presidente da AICEP indicou que esta paralisação está a ter efeitos na perda de encomendas e está a obrigar algumas empresas a encaminharem os seus produtos para Espanha.
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O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal apelou a uma decisão rápida na questão da greve dos portos, em particular em Lisboa, que está a afetar as exportações portuguesas.
No dia em que o INE anunciou que as exportações registaram a primeira queda do ano, Pedro Reis diz que esta greve está a ter efeitos na «perda de encomendas de produtos perecíveis por prazos não cumpridos».
Em declarações à TSF, este responsável da AICEP recordou o efeito desta greve na «exportação para a época natalícia e para a exportação de consumíveis alimentares e bebidas para países do hemisfério sul na época de verão».
«Estas paragens obrigam ao aumento de stocks, à armazenagem externa e a transferência para Leixões e Sines e não só, porque muitas empresas estão a encaminhar os seus produtos para Vigo e Santander», explicou.
Pedro Reis recordou que a «economia portuguesa está ligada à máquina da exportação e devemos, com todo o sentido de responsabilidade nacional, evitar que esta máquina seja desligada».
Fazendo uma análise dos números divulgados pelo INE em relação às exportações, Pedro Reis assinalou o «ótimo e surpreendente comportamento a nível do ano, extremamente importante para o equilíbrio da balança comercial externa do país».
Por outro lado, o presidente da AICEP notou também um «sinal de alarme na quebra que já era previsível nos mercados europeus e um sinal interno de chamada à responsabilidade pelo facto de as exportações de agosto para setembro terem caído», o que «passa pela greve nos portos».