O presidente do Eurogrupo recusou-se a comentar o cenário de Portugal precisar de um novo resgate financeiro, admitido pelo primeiro-ministro se a situação na Grécia se agravar, afirmando que não vê a situação «de forma tão dramática» quanto Passos Coelho.
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Instado a comentar, em Estrasburgo, as declarações de há uma semana de Passos Coelho sobre a eventualidade de Portugal ter que pedir ajuda adicional caso a situação da Grécia se agrave, Jean-Claude Juncker começou por dizer que «não seria sensato», da sua parte, comentar tal cenário.
O presidente o Eurogrupo disse acreditar que as palavras do primeiro-ministro foram sobretudo dirigidas a Atenas, porque «o que acontece num Estado-membro afecta os restantes», mas recusou admitir também a necessidade de um segundo pacote de ajuda.
No entanto, defendeu, «eu não encaro a situação de uma forma tão dramática quanto ele o fez».
Juncker acrescentou que o fenómeno de contágio é, no entanto, uma realidade. «Temos que saber que todos nós estamos intimamente interligados», disse.
O responsável voltou a salientar o bom trabalho que tem vindo a ser realizado pelas autoridades portuguesas na implementação do programa de ajustamento, reafirmou que «Portugal está de facto no bom caminho» e disse estar «deveras satisfeito com Portugal».