A primeira avaliação ao programa de austeridade que Portugal terá de implementar no âmbito do memorando assinado com a "troika" será feita já em Agosto, revelou a Comissão Europeia em comunicado.
Corpo do artigo
Num documento de análise sobre o programa de reformas que a República terá de implementar, no âmbito do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), União Europeia (UE) e Banco Central Europeu (BCE), a "troika" fará a primeira avaliação das medidas implementadas por Portugal em Agosto.
O documento refere também que até ao final de Agosto «Portugal terá de publicar um documento de estratégia orçamental para as administrações públicas».
Quanto às metas estabelecidas e que Portugal terá de alcançar, o país só cumprirá o limite de 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, um ano depois do que estava previsto pelo Governo cessante.
Assim, ao contrário do que era inicialmente esperado, o programa de austeridade aponta para uma meta de 5,9 por cento do PIB este ano, de 4,5 por cento no próximo, e de 3 por cento em 2013.
0Esta tarde, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, afirmou em Estrasburgo, na apresentação das «recomendações» de política económica aos 27 Estados-membros da UE, que a Portugal cabe «simplesmente implementar o programa» acordado com a troika.
Fonte comunitária já havia explicado à Lusa que as orientações e medidas que Portugal tem de tomar nos próximos meses já estão contidas no memorando assinado entre a "troika" internacional (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) e o Governo de José Sócrates.
As «recomendações» apresentadas pela primeira vez esta terça-feira, que se baseiam na nova «coordenação económica reforçada» entre os Estados-membros e são feitas ao ritmo do «semestre europeu», serão discutidas e avalizadas pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia na reunião que vão ter a 23 e 24 de Junho em Bruxelas.