O comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários recordou que as «dificuldades na economia portuguesa começaram muito antes do programa da UE e do FMI».
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O comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários admitiu que o ajustamento da economia portuguesa vai ser «difícil e, em certos aspectos, doloroso».
Para Olli Rehn, a contracção da economia portuguesa explica-se pela perda de «competitividade estrutural nos últimos dez ou 20 anos», o que está relacionado com a «globalização económica e com os desafios das economias emergentes».
«As dificuldades na economia portuguesa começaram muito antes do programa da União Europeia e do FMI ser decidido e começar a ser implantado», frisou.
Na opinião deste comissário europeu, este «programa foi construtivo para Portugal com vista a travar essa contracção» e insistiu que o objectivo deste programa é «restaurar a competitividade da economia portuguesa e as finanças públicas».
«Agora com a União Europeia, Portugal está a restaurar não apenas a competitividade ao nível da despesa, mas a competitividade estrutural para competir na economia global e ter sucesso na criação de emprego para os seus cidadãos», adiantou.
À espera da terceira avaliação do programa de ajustamento que deverá ficar concluída na próxima semana, Olli Rehn recomenda total aplicação deste programa, sem dizer se as metas de consolidação orçamental poderão ser revistas.