Ajuste directo na escolha de empresas que vão conduzir privatizações causa polémica
A imprensa económica noticia que o sector financeiro ficou surpreendido por as empresas que vão conduzir as privatizações da EDP e REN terem sido escolhidas por ajuste directo.
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A escolha por ajuste directo das entidades que vão conduzir as privatizações da EDP e REN desagradou a várias empresas que estavam interessadas nesta assessoria e terá mesmo provocado alguma polémica dentro do Governo.
Várias empresas que queriam entrar nesta assessoria e que pretendiam um concurso que acabou por não existir alegam que a Perella Weinberg Partners e a Caixa Banco de Investimentos não têm experiência na área das energias.
Estas empresas lembram ainda que a Perella Weinberg Partners é uma boutique financeira e não um banco de investimentos.
As comissões pela privatização de 20 por cento da EDP e de 51 por cento da REN podem chegar aos 20 milhões de euros, indicou o Jornal de Negócios.
Por seu lado, o Diário Económico diz que foram apresentadas ao Ministério das Finanças propostas mais vantajosas, dado que a equipa de Vítor Gaspar não quis comentar.
Uma alteração legislativa desencadeada pelo anterior Executivo dispensa o concurso público por motivos de urgência imperiosa e na medida do estritamente necessário.
Em comuniscado, o Ministério das Finanças adiantou que a Perella Weinberg Partners, que tem como sócio Paulo Pereira, tem experiência em diversas áreas, incluindo a da energia e currículo relevante na área da assessoria estratégica a governos.