A chanceler alemã, Angela Merkel, consolidou o primeiro lugar no índice de popularidade dos políticos na sondagem mensal da televisão pública ARD, publicada hoje, em que os conservadores da CDU/CSU lideram igualmente as intenções de voto.
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Mais de dois terços dos alemães inquiridos, 68 por cento, manifestaram-se satisfeitos com o trabalho da chanceler, que averbou assim o melhor resultado nesta tabela desde dezembro de 2009.
Mais de dois terços disseram também que a salvação do euro está em boas mãos, com Merkel no Governo.
O segundo lugar no índice da ARD é ocupado pelo ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, o terceiro pelo ministro da Defesa, Thomas de Maizière, e só então surge, em quarto lugar, um político da oposição, o líder parlamentar dos sociais-democratas, Frank-Walter Steinmeier.
No último lugar da lista de popularidade mantém-se o vice-chanceler e ministro da Economia, Philipp Roesler.
O líder dos liberais do FDP continua também a ser alvo de críticas internas, e alguns dirigentes regionais voltaram a exigir esta semana a sua substituição como secretário-geral, antes das legislativas de 2013.
Na mesma sondagem, a CDU/CSU, bloco democrata-cristão liderado por Angela Merkel, subiu um ponto percentual em relação ao mês anterior, passando para 36 por cento.
O mesmo aconteceu com o terceiro partido do Governo, o FDP, que passou de quatro para cinco por cento, alcançando assim de novo o mínimo exigido para eleger deputados ao parlamento federal, se as legislativas fossem agora.
No lado da oposição, os sociais-democratas do SPD caíram dois pontos percentuais, para 28 por cento, os Verdes perderam um ponto, baixando para 13 por cento.
Ainda mais à esquerda, os neocomunistas do Die Linke passaram de sete para seis por cento e o Partido dos Piratas voltou a subir um ponto percentual, para oito por cento, refere o Deutschlandtrend mensal da ARD.
Em termos aritméticos, a atual coligação de centro direita somou assim 41 por cento, e já não teria maioria absoluta, mas o bloco SPD/Verdes, que liderou durante vários meses esta sondagem, também não poderia governar sozinho.
As duas hipóteses mais prováveis seriam, assim, a reedição da grande coligação da CDU/CSU com os sociais-democratas, que vigorou entre 2005 e 2009, ou uma coligação dos democratas cristãos com os Verdes, já ensaiada a nível regional, mas que seria novidade em termos nacionais.
Um eventual Governo SPD/Verdes apoiado tacitamente pelo Die Linke e pelo Partido dos Piratas após as legislativas de 2013 é hipótese considerada remota pelos comentadores e pelas próprias direções dos sociais-democratas e dos ambientalistas.
A sondagem é considerada representativa, e foi realizada pelo Instituto Infratest dimap para a ARD, via telefone, entre 1.504 alemães com capacidade eleitoral.