O parlamento alemão aprovou, por maioria, um apoio suplementar à Grécia com duas condições: a participação dos credores privados na reestruturação da dívida grega e o prolongamento da maturidade da divida.
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Os partidos da coligação governamental, democratas-cristãos e liberais, exigiram que Atenas aplique um rigoroso programa de privatizações e de reformas para sanear as contas públicas.
A votação no Bundestag não é determinante para a concessão das novas ajudas à Grécia, que deverão atingir cerca de 90 mil milhões de euros, segundo o ministro das finanças alemão, Wolfgang Schaeuble.
A decisão favorável de Berlim pode facilitar as próximas negociações a nível europeu e a aprovação dos novos créditos pelos restantes 15 países membros da moeda única.
No discurso antes da votação, Schaeuble considerou «inevitável» a participação do sector privado na solução do problema, e uma "repartição justa dos custos" entre os contribuintes e o sector financeiro.
Schaeuble voltou também a advogar a troca dos actuais títulos da dívida grega por novos títulos com uma maturidade de mais sete anos, para dar tempo a Atenas de reconquistar a confiança dos mercados e voltar a refinanciar-se nos mercados financeiros.