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Berlim propôs uma prorrogação de sete anos dos títulos da dívida grega, para evitar uma falência desordenada deste país da Zona Euro, noticia esta quarta-feira o jornal Sueddetusche Zeitung.
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Além disso, o ministro das Finanças alemão exige que os credores privados participem nesta forma de reestruturação da dívida helénica, noticia o jornal de Munique, que diz ter tido acesso a uma carta enviada pelo ministro das Finanças alemão aos seus homólogos do Eurogrupo e ao presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet.
De acordo com a missiva, os credores privados da Grécia deveriam assim trocar os títulos da dívida pública deste país que possuem por novos títulos com uma maturidade de mais sete anos.
O fardo de uma ajuda externa adicional à Grécia - que há pouco mais de um ano recebeu um empréstimo de 110 mil milhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia, mas continua à beira da bancarrota - «tem de ser suportado equitativamente pelos contribuintes e pelos investidores privados», sublinha Schäuble na carta aos seus colegas europeus.
Segundo o Sueddeutsche Zeitung, o ministro alemão não esclarece, no entanto, se os credores privados devem apenas ser convidados a participar na solução do problema grego ou se devem ser obrigados a isso.
Schäuble adverte ainda na sua mensagem para «o perigo real de uma falência desordenada no interior da Zona Euro», se não houver um novo pacote de ajudas à Grécia e se a dívida deste país não for parcialmente reestruturada.
O ministro sublinha que o volume do actual pacote de ajudas é insuficiente e considera «mais do que irrealista» um regresso da Grécia aos mercados financeiros até 2012, como estava previsto no memorando assinado com a "troika".
A ajuda externa a Atenas terá assim de ser «substancialmente aumentada», com o apoio europeu e do FMI, diz ainda Schäuble, sem cifrar, no entanto, o montante da mesma.