O administrador-delegado do grupo Santander renunciou hoje de forma voluntária ao cargo, sendo substituído na presidência executiva por Javier Marín Romano, informou hoje a instituição.
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A renúncia de Sáenz, que era também vice-presidente do banco Santander, acontece depois de o Supremo Tribunal ter confirmado, a 19 de abril, uma sentença em que anulava parcialmente o indulto que lhe tinha concedido, o que permitiu um pedido de recurso ao Tribunal Constitucional.
Alfredo Sáenz foi condenado em março de 2011 pelo Supremo Tribunal por um delito de acusação falsa contra devedores do Banesto, entidade a que presidiu depois desta ter sido intervencionada em 1993.
O novo administrador-delegado do grupo Santander, Javier Marín Romano, integrou a instituição em 1991 e até agora era diretor-geral do banco e responsável pela divisão global de seguros, gestão de ativos e banca privada.
Já Alfredo Sáenz entrou no grupo Santander em 1994, por ocasião da compra do Banesto, tendo desempenhado o cargo de presidente desta entidade até 2003, altura em que foi nomeado vice-presidente e administrador-delegado do Banco Santander.
O Conselho de Administração do banco expressou o seu reconhecimento e agradeceu o "extraordinário trabalho" realizado por Alfredo Sáenz desde que integrou o grupo e, especialmente, como administrador-delegado do Santander.
O Banco de Espanha também já reagiu à decisão de Sáenz, considerando-a hoje "positiva" e sublinhando que vai contribuir para "fortalecer a solidez do sistema financeiro espanhol".
Fontes oficiais do Banco de Espanha, citadas pela Efe, explicaram hoje que já tinham conhecimento da renúncia de Alfredo Sáenz, por cujas qualidades "pessoais e profissionais" o banco central tem "a mais alta estima".
O Banco de Espanha tem aberto um procedimento para determinar a honra de Sáenz e a sua idoneidade para continuar a desempenhar o cargo de administrador-delegado, depois de o Governo espanhol ter aprovado medidas que alteram estes requisitos.