O preço dos alimentos aumentou em janeiro, pela primeira vez em seis meses, crescendo dois por cento em relação a dezembro, devido ao mau tempo, anuncio a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
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Todos os produtos alimentares foram abrangidos por este aumento dos preços, com os óleos alimentares a encabeçar a lista, seguidos pelo açúcar, pelos cereais, pelos produtos lácteos e pela carne.
«O mau tempo que atinge atualmente regiões produtoras-chave, como a América do Sul e a Europa, teve um papel decisivo, e a incerteza mantém-se», afirmou o economista da FAO Abdolreza Abbassian, citado pela AFP.
O responsável advertiu, no entanto, que não existe uma explicação única e que para cada tipo de alimento existem diferentes fatores a considerar.
Os óleos e gorduras alimentares sofreram um aumento de 3 por cento em janeiro, os cereais aumentaram 2,3 por cento, refletindo não só as consequências do mau tempo como a expetativa de uma quebra de exportações da Comunidade dos Estados Independentes.
O preço do açúcar aumentou 2,2 por cento em janeiro, mas está ainda em níveis 20 por cento inferiores aos valores registados no início de 2011. O aumento deve-se essencialmente ao mau tempo no Brasil, principal produtor e exportador mundial.
O preço dos produtos lácteos teve um aumento em janeiro de 2,5 por cento e o das carnes, uma subida mais ligeira, de 0,5 por cento.
O preço do petróleo e a cotação do dólar, fatores que costumam ser determinantes para estabelecer o valor dos alimentos e para justificar a sua escalada, não tiveram um papel relevante na fixação dos valores em janeiro.
Ouvida pela TSF, a presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas, Maria António Figueiredo, disse que estas variações dos preços se devem às condições extremas do clima.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]