Numa reação ao relatório da ANACOM onde se fala em 1300 clientes da Altice sem as comunicações instaladas empresa nega responsabilidade.
Corpo do artigo
Quase um ano depois dos incêndios de Pedrógão, a Altice, dona da MEO, esclarece que os clientes que ainda não têm telefone em casa são clientes emigrantes, segundas habitações e residentes sazonais.
Ou seja o comunicado da Altice justifica que quem não tem telefone é porque não se mostrou disponível para abrir a porta aos técnicos.
Esta terça-feira um relatório da Anacom -- que abrange os incêndios de Pedrógão Grande, em 17 de junho de 2017, e os da região Centro, de 15 e 16 outubro também do ano passado --, indica que "apenas um operador mantinha ligações por restabelecer" a 11 de maio deste ano, isto é, a Altice, avança o presidente do regulador, João Cadete de Matos.
Nestas zonas, "estava por restabelecer a ligação de cerca de 1.300 clientes", precisou o responsável, que fazia um balanço sobre o setor neste período, a propósito do primeiro ano do incêndio de Pedrógão Grande, que se assinala nas próximas semanas.
Tendo em conta a justificação dada pela Altice ao regulador, até à data do relatório (11 de maio) cerca de 500 clientes recusaram "a solução de reposição da ligação que lhes tinha sido proposta".
Nos restantes casos, "a Meo informou que não tinha conseguido contactar os clientes" ou que tinha esta ligação agendada para data posterior "por conveniência dos próprios clientes", alguns dos quais não vivem permanentemente naquela zona, acrescentou João Cadete de Matos.
Depois destas declarações a Altice emitiu um comunicado onde diz que "a Altice Portugal tem vindo a proceder à totalidade das religações dos serviços, permanecendo pendentes unicamente as que se referem a agendamentos já
efectuados e acordados com os próprios clientes (durante os próximos meses, a pedido desses, de acordo com a sua disponibilidade), ou que careçam de análise por parte do cliente, não havendo assim qualquer processo de religação em falta, por responsabilidade da Altice Portugal, desde 30 de abril".
Por outro lado, "permanecem ainda incontactáveis (apesar das inúmeras tentativas e dos vários editais disponibilizados para o efeito nas Juntas de Freguesia afetadas em Fevereiro último) alguns clientes".