Amortização do crédito à habitação sem penalização prolongada para reduzir "sufoco financeiro" das famílias
À TSF, Miguel Costa Matos lamenta que a proposta tenha sido rejeitada no Orçamento do Estado e aproveita para acusar o PSD de se aliar ao Chega
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A amortização do crédito à habitação sem penalização foi, à segunda tentativa, prolongada até ao final de 2025 e Miguel Costa Matos, deputado do PS, explica que o partido insistiu no assunto par aliviar as famílias que têm de lidar com o pagamento do crédito.
"Infelizmente, no Orçamento do Estado essa proposta foi chumbada, mas nós aproveitámos esta última oportunidade antes do fecho do ano para prolongar esta isenção da Comissão de Reembolso Antecipado para que as famílias possam continuar a fazer o caminho de amortizarem a sua prestação, reduzirem o sufoco financeiro que isso representa e assim terem um alívio nesta fase de juros que já estão mais baixos do que estavam, mas que ainda assim continuam mais elevados do que nos últimos anos", refere Miguel Costa Matos à TSF.
A medida foi criada em 2022 para mitigar o impacto da subida das taxas de juro e terminava no final deste ano. Esta quarta-feira, a proposta de prolongamento foi aprovada até ao final do próximo ano, com a abstenção do PSD e o voto contra do Chega.
"É no sentido de dar um alívio às famílias e permitir que elas possam continuar a reorganizar-se financeiramente para suportar este novo contexto de juros mais elevados", esclarece o deputado socialista.
Hugo Soares "está com muita necessidade de arranjar desculpas"
Na manhã desta quarta-feira, o líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares, voltou a criticar a cumplicidade estratégica entre o Chega e o PS, depois do chumbo da unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP.
"O líder parlamentar do PSD está com muita necessidade de arranjar desculpas para a incapacidade de negociarem no Parlamento, de conseguirem executar aquelas que estão os desígnios deles. Eles foram desmascarados quando tentaram negociar com o Chega, tanto o Orçamento do Estado como a eleição do presidente da Assembleia da República", acusa o socialista.
E usa esta quarta-feira como exemplo: "E a votação de hoje é um bom exemplo de como não foi o Chega a viabilizar uma proposta do PS, mas foi sim o PSD a abster-se e a permitir que essa proposta fosse consagrada. E, infelizmente, em várias matérias, como, por exemplo, na matéria das migrações, na matéria do combate à corrupção, este Governo tem optado por uma estratégia de diálogo mínimo e depois vir-se queixar e vitimizar perante os outros não concordarem com as opções deles."
