Fernando Ruas questionou, este sábado, como é que as câmaras vão responder aos problemas sociais e viver com menos 1200 milhões de euros nos próximos dois anos.
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«Como é que se fica numa situação destas? Nós temos a estrita obrigação e o dever de alertar quem está a jusante da nossa acção, os cidadãos, mas também quem está a montante para dizer como é que se faz aquilo que são as nossas competências, e que são reconhecidas por todas, com menos 1200 milhões de euros. Como é que se faz?», questionou o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
O líder da ANMP disse ainda recear que, neste contexto, «se percam verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) por falta da componente [financeira] nacional», colocando em causa projectos financiados pela União Europeia.
Mais de mil autarcas estão reunidos este sábado em Coimbra no XIX congresso da ANMP, sob o lema "Ao Serviço de Portugal e dos Portugueses", que tem como principais temas a situação financeira dos municípios no contexto da crise económico-financeira do país, o endividamento das autarquias, «as competências exercidas pelos municípios sem os correspondentes meios» e a distribuição de verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
O congresso será encerrado, pelas 20:00 horas, pelo primeiro-ministro, Passos Coelho.