O consultor do Governo para as privatizações, António Borges, está otimista e acredita que Portugal não vai precisar de mais tempo ou dinheiro.
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Durante uma conferência na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, o consultor do Governo para as privatizações, António Borges, mostrou-se otimista.
«O programa está a correr bem. Digam o que disserem, o programa está a correr melhor do que se pensava», afirmou António Borges, garantindo que fala com conhecimento de causa porque estava no FMI quando o programa português foi negociado e apresentou um argumento de peso: «a situação de bancarrota desapareceu».
António Borges define como próxima etapa o regresso à normalidade. «O que é a normalidade? É um país como os outros», ou seja, em ajuda financeira. Por isso quer acabar com o programa de assistência o mais depressa possível. Quanto ao segredo para o sucesso, António Borges revelou que é a confiança.
«E essa confiança estamos a ganhá-la dia a dia. Por isso não precisamos nem de mais tempo, nem de mais dinheiro. Mais de tempo e mais dinheiro significa prolongar desnecessariamente aquilo que é uma situação de verdadeira inferioridade do país e que adia o nosso regresso ao crescimento económico», frisou.
António Borges assume que as coisas estão bem encaminhadas e, por isso, já fala no futuro.
«Está tudo ganho? Não, há ainda questões muito importantes, das quais a mais importante de todas é relançar o crescimento económico. Para o ano, no fim deste ano, em 2014, não sabemos. Há boa probabilidade que seja para o ano, mas não sabemos», afirmou.
Uma nuance em relação ao discurso do primeiro-ministro, na festa do Pontal, em que Passos apontou 2013 como o ano da inversão económica, o ano em que se prepara a recuperação.