António Costa: "Colocámos 100 milhões nas empresas nos primeiros cem dias"

A meta foi assinalada durante a cerimónia de assinatura de um dos maiores contratos de investimento realizados em Portugal, no valor de 55 milhões de euros até 2018, entre a Bosch Portugal, a Universidade do Minho (UM) e AICEP, para Investigação & Desenvolvimento em projetos como o Cockpit do futuro, o Interface homem-máquina, a realidade aumentada e a Indústria 4.0. Este acordo vai permitir criar mil novos postos de trabalho, a maioria pessoal altamente qualificado.

"Vamos ter oportunidade de concluir uma das metas a que nos tínhamos proposto, que era concluir os primeiros cem dias de governo conseguindo colocar nas empresas os primeiros 100 milhões de euros de fundos comunitários para o investimento empresarial", assinalou António Costa.

No seu discurso, o primeiro-ministro defendeu que o a chave para o desenvolvimento do país passa pela aposta no conhecimento, em detrimento da estratégia seguida pelo anterior Governo. "Não voltaremos a desenvolver-nos batendo-nos através do custo do trabalho. É um erro, um incentivo errado e um afastamento daquilo que é essencial. A capacidade competitiva do país assentará na inovação, na qualificação e na internacionalização", defendeu.

O contrato assinado vai permitir à Bosch Portugal recrutar mil novos colaboradores nos próximos três anos e duplicar as vendas da unidade para mil milhões de euros dentro de poucos anos. Carlos Ribas, administrador da empresa, confirma a aposta em Portugal e na fixação de talento dentro de portas, congratulando-se por ter "recrutado alguns licenciados portugueses que se encontravam a trabalhar no estrangeiro, nomeadamente em Inglaterra, na Áustria e na Alemanha".

De resto, António Costa acrescentou que o acordo assinado com a Bosch e a Universidade do Minho é o melhor exemplo de parcerias público-privadas e do modelo de desenvolvimento que quer implementar no país.