O primeiro-ministro afirma que as empresas portuguesas e estrangeiras têm apoiado o investimento e sublinha que o governo definiu como prioridade acelerar a execução dos fundos comunitários.
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O primeiro-ministro disse hoje que o país deve assumir um modelo de desenvolvimento assente na inovação, ao presidir à assinatura de um contrato no valor de 37,4 milhões de euros para investigação com a Bial.
"Este investimento da Bial é particularmente relevante do modelo que o país tem definitivamente de assumir, que é o desenvolvimento assente da inovação", afirmou António Costa na Trofa, Porto.
A farmacêutica portuguesa Bial e o Estado português assinaram um contrato de investimento no valor de 37,4 milhões para investigação científica nas áreas dos sistemas nervoso central e cardiovascular.
Este contrato estende-se até 2018 e vem na sequência de o Governo ter aprovado benefícios fiscais para investimentos industriais aprovados em Conselho de Ministros em dezembro passado.
"Esta história demonstra bem como a mudança de paradigma na indústria farmacêutica é essencial para que tenha o sucesso que hoje tem. Durante décadas a indústria assentou não na investigação, não na produção de conhecimento, não na inovação, não na criação de patentes, mas na contrafação de patentes, foi uma ilusão de que assim se construía futuro, felizmente esse paradigma foi abandonado e hoje segue-se outro paradigma", disse o primeiro-ministro.
Segundo António Costa, uma dessas empresas que vingaram e que "têm sucesso é a Bial, que investe na investigação, na inovação e na capacidade de transformar o conhecimento em valor económico".
"Não estamos aqui a investir para que as estatísticas de exportações de 2017 registem um aumento de exportações, estamos aqui a investir para que daqui a 15, 20 anos possamos ter um novo produto, que aumente a capacidade de produzir e a capacidade de exportar", explicou.
"É por isso um investimento de médio/longo prazo, onde é, absolutamente, essencial o alinhamento das políticas públicas e aquilo que é o investimento privado", disse.
O contrato de 37 milhões de euros com a BIAl vai ser aplicado em investigação nas áreas dos sistemas nervoso central e cardiovascular.