No dia em que os novos tarifários dos transportes públicos entraram em vigor, a ANTROP reforça os apelos ao Governo para que não falhe o pagamento das compensações financeiras aos operadores.
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Cabaço Martins, presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros, acredita que este não vai ser mais um caso do histórico atraso no pagamento de verbas por parte do estado.
"O que está previsto é em abril haver um adiantamento para fazer face a diferenciais de tesouraria e depois há o compromisso de um pagamento mensal das diferenças. O que temos é um histórico muito trágico no relacionamento entre estado e operadores, com um sistemático atraso nas verbas devidas. Ainda hoje somos credores de alguns milhões de euros", explicou.
Cabaço Martins espera que o Ministério das Finanças não seja uma fonte de bloqueio, para que este processo possa decorrer com sucesso.
"O Estado não pode tomar uma medida e depois assobiar para o lado. É preciso cumprir todos os passos deste mecanismo e um deles é a compensação aos operadores devida por este desconto decidido pelo poder político. Esperemos que o Ministério das Finanças não seja uma vez mais um bloqueio ao funcionamento normal destes mecanismos."
A ANTROP diz que caso o Governo falhe o pagamento mensal dos valores em dívida, os operadores de transportes não conseguem manter a atividade e pode ficar comprometido o pagamento dos salários.