A Associação de Empresas de Recuperação de Crédito diz que recebe muitas queixas sobre má conduta de entidades do setor e considera que há «falta de vontade política» para regulamentar a situação.
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António Gaspar, diretor executivo da Associação de Empresas de Recuperação de Crédito (APERC), reconheceu, em declarações à TSF, que o aumento de queixas tem aumentado mas nega que seja generalizado.
De acordo com o responsável, a associação é contactada muitas vezes por pessoas que se dizem agredidas e perseguidas por elementos de empresas de recuperação de crédito que não fazem parte da APERC.
António Gaspar alerta, por isso, para a necessidade urgente de uma regulamentação para credibilizar o setor, que obrigue as empresas a prestar contas sistematicamente e que faça auditorias regulares.
«Sabemos que há empresas no setor que não são empresas de boas práticas (...). Sempre houve falta de vontade política para separar o trigo do joio porque de facto, a nosso ver, essas empresas que não respeitam a dignidade do cidadão, não podem continuar no mercado», afirmou António Gaspar.
O responsável diz que não sabe ao certo quantas empresas de recuperação de crédito existem no mercado mas estima que sejam à volta das 60, apesar de surgirem todos os dias novas no mercado.