O setor estranha não ter apoios para a descarbonização, tal como acontece noutros setores, e António Comprido, presidente da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas reclama intervenção do Governo e de Bruxelas para a criação de incentivos e de um quadro regulatório que permita fazer essa transição energética
Corpo do artigo
As empresas petrolíferas reclamam incentivos e regulação para a descarbonização até 2050 e esperam que o novo Governo português e os novos inquilinos de Bruxelas criem o mesmo tipo de apoios que estão a ser dados a outros setores de atividade para alcançar a neutralidade carbónica em menos de uma década.
António Comprido, presidente da APETRO (Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas), estranha a ausência de incentivos a uma atividade que ainda representa 97 a 98% do setor dos transportes e a incorporação de biocombustíveis ronda apenas os 5 a 7%.
O presidente da APETRO garante que há vontade das empresas petrolíferas em descarbonizar, mas falta ainda enquadramento legal, tal como a UE definiu para outros setores energéticos. Espera que exista uma intervenção do Governo português nesta matéria dos incentivos em falta para a descarbonização e decisões de Bruxelas, já com as novas famílias políticas, saídas das últimas eleições europeias.
A APETRO faz, esta quarta-feira, uma conferência dedicada à "importância dos combustíveis na transição energética" no Centro Cultural de Belém.
