Apesar de admitir que a situação do país continua a ser grave, Passos destacou como positivo o facto da troika ter permitido que o Governo apresentasse os resultados da terceira avaliação.
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Num encontro com militantes do PSD em Setúbal, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, sublinhou que apesar dos sinais positivos a situação do país continua a ser grave.
«É uma situação de emergência nacional aquela que estamos a viver, e digo isto apesar de saber que hoje cumprimos um terceiro exame regular com a troika. Neste terceiro exame, a troika já não falou, emitiu um comunicado e deixou que fosse o nosso ministro das Finanças a apresentar os resultados», frisou Passos Coelho.
O primeiro-ministro afirmou ainda que o Governo foi obrigado a aplicar mais medidas de austeridade, para atingir os objectivos do défice para 2012, porque a situação era pior do que dizia o anterior Executivo.
«Se precisámos de ir mais além para chegar aos mesmos objectivos, é porque o nosso ponto de partida não era aquele que nos tinha sido comunicado pelo anterior Governo. Era muito pior», lembrou.
«Portanto, na austeridade onde fomos além da troika foi por causa da derrapagem financeira e orçamental que foi herdada do Governo anterior. E naquilo em que temos ido além do memorando na reforma estrutural mostramos muito mais ambição do que aquilo que o Governo anterior, que negociou o memorando, teve na altura da negociação», justificou Pedro Passos Coelho.
O chefe do Governo falou, esta noite, a cerca de duas centenas de militantes social-democratas, numa reunião partidária da Assembleia Distrital de Setúbal do PSD.