A área de cerejal no Fundão, concelho onde se concentra uma das maiores áreas de produção de cereja do país, está a crescer a um ritmo de 10% ao ano, disse o presidente da câmara.
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O autarca Paulo Fernandes adianta que "atualmente, o nosso concelho tem cerca de 2.000 hectares de pomar plantados e, por ano, temos tido cerca de 200 hectares a entrar em produção, o que representa um crescimento anual de cerca de 10%".
Paulo Fernandes falava, em declarações à agência Lusa, no final do leilão das primeiras cerejas do Fundão, iniciativa realizada hoje em Lisboa e durante a qual uma caixa de cerejas de dois quilos foi arrematada por 300 euros.
"É provavelmente um dos maiores preços de sempre, porque dá 150 euros por quilo. Confesso que, apesar da causa que vai apoiar, até eu fiquei surpreendido", disse Paulo Fernandes.
O valor angariado será canalizado para projetos de investigação que estão a ser realizados com o apoio deste município do distrito de Castelo Branco e que têm como objeto de estudo a cereja aplicada às áreas da saúde e bem-estar.
"A inovação e a investigação são componentes em que queremos apostar muito e, portanto, fico muito satisfeito com o sucesso desta iniciativa, até porque já é uma forma de mostrar que a cereja pode ser aplicada noutros setores que vão para além do consumo do próprio produto em fresco ou até dos produtos derivados", referiu.
O autarca considerou ainda que as várias licitações que foram feitas e que triplicaram o valor base de lançamento (100 euros) também são representativas da valorização que a cereja do Fundão tem alcançado enquanto marca.
A caixa foi rematada pelo chef Vítor Sobral que, desta vez, optará por consumir as cerejas "ao natural" e juntamente com a sua equipa, em vez de as utilizar para confecionar um prato.
"Vão ser as cerejas mais caras que já comemos", referiu, especificando que uma das suas especialidades é o arroz de tomate com cerejas e jaquinzinhos fritos.
Segundo acrescentou, sempre que pode, privilegia a cereja do Fundão.