Para o secretário-geral da CGTP, o FMI diz que a austeridade pode tornar-se insustentável, mas depois dá indicações ao seu representante na troika para reduzir salários.
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O secretário-geral da CGTP acusou o Fundo Monetário Internacional de ter um profundo desrespeito pelo povo português, depois de o FMI ter alertado que a austeridade pode tornar-se politica e socialmente insustentável.
Após classificar esta declaração de «cínica e de profundo desrespeito para com o povo português», Arménio Carlos lembrou que o FMI diz isto, mas «dá indicações ao seu representante que está na troika em Portugal» para fazer o contrário.
O líder da CGTP recordou que o representante do FMI na troika continua a exigir a «redução dos salários, a revisão ainda para pior da legislação laboral e a redução da despesa social, o mesmo é dizer o ataque às funções sociais do Estado: menos saúde, menos educação e menos segurança social».
«Estamos perante uma enormíssima hipocrisia e cinismo. FMI é uma sigla de uma entidade que onde entra só deixa terra queimada. Veja-se o que fizeram na América Latina e na Ásia, o que fizeram por onde passam: terra queimada», explicou.