O Ministério do Ambiente não quer construir aterros novos, apesar de muitas destas instalações de tratamento e depósito de lixo urbano estarem quase esgotadas
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No próximo ano, a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, espera ter um plano de partilha pelos municípios daqueles aterros que ainda têm capacidade para receberem resíduos.
Um “plano de emergência” para a gestão dos resíduos sólidos urbanos está a ser construído e tem com prioridade “diminuir a quantidade de resíduos que cada um de nós produz e diminuir de uma forma substancial”, anunciou a ministra Maria da Graça Carvalho.
Cada português gera 1,4 quilos de lixo e muito desse lixo continua a ir para aterro.
Por outro lado, “o grupo de trabalho para a otimização dos aterros existentes” vai definir “a partilha desses aterros. Sabemos que muitos deles estão próximos da sua capacidade máxima e temos que ver os aterros que ainda têm disponibilidade, os que podem ser aumentados”, explica.
“Não queremos construir aterros novos, mas podemos aumentar a capacidade dos existentes e promover a partilha para localidades perto, a partilha de aterros existentes, que ainda têm capacidade”, sublinha a ministra.
Outra abordagem é criar energia com o lixo, “por exemplo, soluções inovadoras para produção de hidrogénio ou para a utilização nas cimenteiras. Portanto, o aproveitamento para a produzir eletricidade será uma das soluções”.
O lixo urbano tratado com a coincineração sugere a ministra do Ambiente, que vai lançar uma campanha de informação com a finalidade dos portugueses mudarem de comportamento face ao lixo doméstico. Esta campanha será financiada por fundos europeus.