Entre os motivos mais frequentes está a prestação de informações falsas, inexatas ou incompletas sobre as promoções, de acordo com a ASAE.
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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou 39 processos de contraordenação em ações de fiscalização feitas a 255 operadores económicos relativamente à iniciativa de descontos Black Friday, tanto nas lojas físicas como 'online'.
A ASAE informa, em comunicado, esta segunda-feira, que "realizou, a nível nacional, durante cerca de uma semana, uma operação de fiscalização direcionada à verificação do cumprimento das regras legais do exercício das atividades económicas, em particular, o regime jurídico aplicável aos saldos, liquidações, promoções e reduções de preços, numa época em que se promove o fenómeno da Black Friday".
Entre os motivos para as contraordenações aplicadas está a falta de indicação da modalidade de venda e período de duração, a falta de comunicação de saldos à ASAE e a prestação de informações falsas, inexatas ou incompletas, precisa aquela entidade.
No dia 24 de novembro, sexta-feira, assinalou-se a Black Friday, iniciativa na qual várias marcas de retalho aplicam descontos sobre os seus produtos.
Queixas dos consumidores aumentaram
A plataforma Portal da Queixa recebeu 32 queixas. O número representa um aumento de 39% face ao ano anterior.
O Portal da Queixa indica que, no topo das reclamações, está "o aumento do preço antes da promoção por forma a aplicar o desconto".
Segue-se a falta de 'stock' para fazer face à procura: "Os consumidores relataram que alguns dos melhores descontos apresentados constituíram um chamariz, na medida em que, na hora de os adquirir, não estavam disponíveis por falta de 'stock' ou dificuldade na aquisição dos mesmos".
Segundo o Portal da Queixa, as principais visadas nestas queixas foram as lojas Worten, Media Markt e El Corte Inglés devido à "elevada procura" de produtos na área da tecnologia.
Acrescem reclamações sobre lojas como a Toys"R'us (de brinquedos), La Redoute (roupa e acessórios), Bluebird (joias e relógios), Equivalenza (perfumes) e Prozis (suplementos alimentares).
Para evitar este tipo de casos, o Portal da Queixa aconselha à realização de pesquisas antes da compra em iniciativas do género, adiantando que esta é "a melhor arma para o consumidor atual".