
Assunçao Cristas
Global Imagens/Álvaro Isidoro
A ministra da Agricultura afirmou que o Alqueva mantém o seu potencial turístico, apesar do falhanço de alguns projetos, e defendeu que o turismo é benéfico para a região.
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«O facto de um ou outro projeto não ter ido para a frente não significa que, do ponto de vista turístico, não haja interesse em Alqueva», declarou a ministra, acrescentando que «há pequenos projetos de pequena dimensão, integrados até muitas vezes em explorações agrícolas que estão a correr bem».
Assunção Cristas, que falava à margem de um seminário sobre investimento no potencial agrícola do Alqueva, sublinhou que esta é uma área importante para o desenvolvimento da região, que se quer integrado e sustentável.
«O Alqueva é essencial para a agricultura e regadio, mas também para o abastecimento industrial e o abastecimento das proporia populações e, nessa medida, a componente turística é mais uma que pode ser beneficiada por Alqueva», frisou a governante.
Esta semana, o grupo SAIP, de José Roquette, que tinha um dos maiores projetos turísticos para o Alqueva e foi declarado insolvente no ano passado, foi obrigado a devolver os incentivos financeiros recebidos ao abrigo de um contrato de investimento, totalizando 49,6 milhões de euros.
Questionada sobre as dificuldades em atrair mão-de-obra portuguesa para os campos do Alqueva, Assunção Cristas reconheceu que "o trabalho na agricultura é difícil", mas acrescentou que é preciso "sinalizar estas oportunidades e entusiasmar e reconhecer socialmente o valor deste trabalho".
«Estou confiante que com esta dinâmica ligada à agricultura e um maior reconhecimento social do papel da agricultura nas nossas sociedades mais gente possa querer aproveitar estas oportunidades», declarou a ministra.