Numa reação às notícias que dão conta de um descontentamento do FMI em relação ao Governo, a ministra acusa o Fundo de não ter em conta todas as questões que envolvem o país
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A vice-presidente do CDS-PP Assunção Cristas reiterou este sábado o «ímpeto reformista» do Governo, acusando o FMI de não olhar para a «globalidade» das reformas necessárias para aumentar a competitividade e focar-se sempre nos mesmos temas.
«Só um olhar menos atento à globalidade das questões que importam ao nosso país e talvez um olhar mais focado em alguns, poucos aspetos, que o FMI considera sempre muito importantes, é que pode levar a essas conclusões», afirmou Assunção Cristas à Lusa, numa referência às questões relacionadas com o custo do trabalho, que o Fundo valoriza, tendo criticado a subida do salário mínimo.
A dirigente e ministra da Agricultura reagia, assim, à informação que o semanário Expresso avança em manchete, segundo a qual a equipa do FMI que está em Portugal considera que o Governo e os parceiros sociais desistiram das reformas.
«Nós continuamos com um forte ímpeto reformista, com processos de privatizações, com a TAP a decorrer, seja noutros domínios, como a aprovação dos estatutos das ordens profissionais, aprovado agora em Conselho de Ministros. Na minha área, aprovámos o pacote da reestruturação fundiária e há duas semanas tinha sido aprovado o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial», sustentou Assunção Cristas.
Para a dirigente centrista, «tudo isto são questões estruturais que podem introduzir competitividade à economia, que criam melhores condições para as empresas poderem trabalhar, que atacam questões relevantes».