
Assunção Cristas
A ministra da Agricultura saudou a decisão da Alemanha de viabilizar, nos próximos dois anos, o Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC).
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Em Portugal, está em causa uma ajuda a 400 mil pessoas e uma verba anual de mais de 20 milhões de euros, de um total de cerca de 500 milhões de euros.
Assunção Cristas, que hoje participa numa reunião com os seus homólogos dos 27, em Bruxelas, manifestou-se «feliz» com a perspectiva da manutenção do PCAAC até ao final de 2013, «exactamente com o mesmo nível de apoio».
A Comissão Europeia tinha proposto, nas negociações para desbloquear a aprovação do programa, que este passasse a ser cofinanciado pelos Estados-membros, condição que foi entretanto abandonada pelo Conselho de Ministros da Agricultura.
Questionada sobre as razões do recuo da minoria de bloqueio, que se opunha à continuação do programa de ajuda aos carenciados, a ministra adiantou que «numa altura de tão grande dificuldade, como aquela que a Europa agora atravessa, com um número de pobres tão elevado, pessoas a sofrerem tantas dificuldades, era muito difícil sustentar que não se mantivesse esta política pelo menos nos dois anos em que ela estava inicialmente prevista».
Em Setembro último, sete Estados-membros - Áustria, Dinamarca, Holanda, Suécia, Reino Unido, Alemanha e República Checa - constituíram uma minoria de bloqueio à continuação do programa.
Ouvida pela TSF, a presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, congratulou-se com a continuação deste programa de ajuda a carenciados.