O indicador coincidente de atividade económica do Banco de Portugal melhorou ligeiramente em janeiro em comparação ao mês anterior e abrandou a queda pela 1ª vez desde maio de 2010.
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O indicador coincidente da atividade económica caiu em janeiro 2,7 por cento relativamente ao mesmo mês do ano anterior, uma taxa menos negativa que os 2,9 por cento registados em dezembro. Já o indicador coincidente do consumo privado caiu 4,8 por cento, o mesmo nível que em dezembro.
Os valores registados por estes indicadores em dezembro eram mínimos históricos.
O indicador coincidente da atividade económica é um instrumento de avaliação da conjuntura económica que agrega dados de várias fontes. Não é a mesma coisa que a evolução do Produto Interno Bruto (PIB); o seu objetivo é medir a evolução da conjuntura económica, através da agregação de um conjunto de séries estatísticas, que incluem dados do PIB, de vendas de cimento e veículos pesados, de produção industrial, do mercado de emprego e inquéritos aos consumidores.
A variação registada em janeiro foi negativa, como tem sido em todos os meses desde janeiro do ano passado. No entanto, a variação foi menos negativa que em dezembro, interrompendo assim um ciclo de degradação constante do indicador que durava há mais de ano e meio.
Esta evolução do indicador coincidente da atividade económica vai em contraciclo relativamente à evolução dos indicadores qualitativos do Instituto Nacional de Estatística, também hoje divulgados, e que atingiram mínimos históricos.
Quanto ao indicador coincidente do consumo privado do BdP, o seu objetivo é medir a tendência de evolução do consumo das famílias. A sua variação não é necessariamente igual à do consumo privado.
Este indicador está em território negativo desde novembro de 2010, e a taxa tem-se deteriorado (ou mantido igual) todos os meses desde abril desse ano.