Dados do Ministério da Justiça enviados à TSF revelam que desde o ano passado são mais as empresas criadas do que as que fecham portas.
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A tendência começou a mudar no ano passado e está a ser seguida nos primeiros meses de 2011. Há mais empresas a serem criadas do que dissolvidas.
De acordo com os dados enviados à TSF pelo Ministério da Justiça, em 2010 desapareceram quase 27500 empresas, mas foram criadas 28670.
Nos primeiros meses deste ano, a diferença é ainda maior. Apareceram cerca de 14600 novas empresas, foram dissolvidas pouco mais de 8000.
Estes números contrariam o que vinha acontecendo nos anos anteriores, quando morriam mais empresas do que aquelas que nasciam. Entre 2008 e 2009, surgiram 62 mil empresas, mas foram dissolvidas mais de 95 mil.
O comércio, quer por grosso, quer a retalho, a restauração e as actividades ligadas ao imobiliário são os sectores que registam maiores mudanças.
E também eles são bem o reflexo da tendência geral: enquanto em 2008 e 2009, o balanço foi sempre negativo, ou seja, desapareceram mais empresas do que aquelas que foram criadas, a partir de 2010, acontece exactamente o contrário.
Contudo, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), António Saraiva, é cauteloso na análise que faz a estes dados, sublinhando que não vê neles um «sinal de recuperação da economia.