Em causa está o adiamento da eleição dos novos órgãos sociais da Metro do Porto por ausência, não justificada, de um representante do Governo ontem na assembleia geral da empresa.
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Apesar de a junta metropolitana do Porto ter aprovado, horas antes da assembleia geral da Metro do Porto, o nome proposto pelo executivo para a administração da empresa, a ausência de um representante do Governo não permitiu a eleição dos novos órgãos sociais.
Agendada para sexta-feira, a assembleia-geral da Metro do Porto, que tinha como objetivo eleger os novos órgãos sociais, foi suspensa por 15 dias, devido à ausência do representante do Estado, mantendo-se Ricardo Fonseca na presidência.
Contudo, horas antes a Junta Metropolitana do Porto aprovou o nome de João Velez de Carvalho, proposto pelo Governo, para a presidência do conselho de administração daquela empresa.
Esta tarde, no congresso da distrital do PS do Porto, o autarca de Matosinhos, Guilherme Pinto, falou em vergonha e considerou que o que se passou ontem [sexta-feira] não tem nada a ver com a situação que o país atravessa.
«A vergonha que se passou ontem no Porto tem alguma coisa a ver com a crise que temos ou tem a ver com a incapacidade deste Governo de decidir o que quer que seja porque anda a hesitar entre o cartão azul e o cartão laranja, ou entre o homem do Porto e o homem de Gaia, dando um espetáculo ao país deplorável de alguém que não é capaz de decidir coisa nenhuma», afirmou Guilherme Pinto.
Por isso, o autarca pede ao ministro Álvaro Santos Pereira que abandone o Governo.
«Senhor ministro da Economia demita-se porque o país não pode mais com a sua incompetência. Demita-se», defendeu o autarca socialista.
Já na sexta-feira, o presidente da Junta Metropolitana do Porto e da Câmara do Porto, Rui Rio, afirmou que houve «interferências» de membros do Governo na tentativa de eleição da nova administração da Metro do Porto para «politicamente fragilizar mais o ministro da Economia».